Alienação parental envolve situações em que um dos pais divorciados procura deliberadamente prejudicar o relacionamento do filho com o outro genitor. Isso pode ocorrer em diversos contextos, desde separações litigiosas até conflitos familiares mais sutis, e pode ter consequências graves para a saúde emocional e psicológica da criança envolvida.

Um dos principais problemas da alienação parental é que ela pode gerar um sentimento de rejeição na criança em relação a um dos pais, o que pode prejudicar a autoestima e o desenvolvimento emocional da mesma.

Além disso, pode levar a conflitos familiares prolongados, com impacto negativo na convivência e na qualidade de vida de todos os envolvidos.

Exemplos de alienação parental

Para entender melhor o que é a alienação parental, é importante conhecer alguns exemplos de comportamentos que podem caracterizá-la. Entre eles, podemos citar:

  • Falar mal do outro genitor: um dos pais critica o outro na frente da criança, fazendo comentários negativos e depreciativos sobre sua aparência, suas atitudes, suas crenças ou sua personalidade.
  • Impedir o contato: um dos pais impede que a criança tenha contato com o outro genitor, seja por meio de ameaças, manipulações ou simplesmente negando a permissão para que a visita aconteça.
  • Alienação parental inconsciente: esse tipo de alienação parental ocorre quando o genitor responsável pela guarda do filho acaba passando uma visão negativa do outro sem perceber. Isso pode acontecer devido à influência de amigos, parentes ou mesmo de profissionais envolvidos no caso, como advogados ou psicólogos.
  • Negar informações importantes: um dos pais se recusa a fornecer informações importantes sobre a vida da criança, como agenda escolar, resultados de exames médicos ou eventos sociais relevantes, sem qualquer justificativa plausível.
  • Falsas acusações: um dos pais faz falsas acusações contra o outro, como alegar abuso físico, emocional ou sexual, sem apresentar provas concretas.

Diante de comportamentos como esses, é fundamental que os pais, os profissionais envolvidos e a própria criança estejam atentos aos sinais de alienação parental.

Entre os principais sinais, podemos citar a criança manifestar medo ou ansiedade em relação ao genitor alienado, demonstrar comportamentos hostis ou agressivos em relação a esse genitor, ou expressar um desejo ou convicção de que esse genitor não deseja vê-la.

Como enfrentar a alienação parental?

Uma das possibilidades para enfrentar a alienação parental é a mediação familiar, que consiste em um processo em que um terceiro neutro e imparcial ajuda os pais a chegar a um acordo sobre questões importantes, como a guarda e a convivência da criança.

A mediação pode ser uma alternativa interessante para evitar um processo judicial e permitir que os pais encontrem uma solução mais adequada e menos prejudicial para a criança.

Em casos mais graves, pode ser necessário recorrer à justiça para proteger os direitos da criança e garantir um ambiente saudável e seguro para seu desenvolvimento.

Nesse caso, é importante buscar o auxílio de um advogado especializado em direito de família e apresentar provas concretas dos comportamentos de alienação parental, para que o juiz possa tomar uma decisão justa e equilibrada.