As soft skills, definidas por serem as habilidades sociocomportamentais que regulam a capacidade do profissional de entender o outro e se adaptar às diferentes situações, são pré-requisitos para o advogado ou advogada do futuro.
Recentemente recebi um e-mail que me apresentou um termo curioso: “A Pinguinização do Direito”. Nele, a ideia central era de que os profissionais da advocacia estariam agindo todos iguais.
Ou seja, com os mesmos currículos e parafraseando saberes que nada novo apresentavam. No Brasil, isso pode ficar ainda mais evidente e assustador quando paramos para analisar os dados.
Com mais de 1.500 universidades de Direito e 1.220.993 advogados inscritos na OAB, a pergunta que surge é: Como se destacar e o que está sendo buscado em um mercado de trabalho tão concorrido e disputado quanto esse?
Procurando te ajudar a se tornar um profissional mais atualizado e de destaque, trago hoje o tema soft skills para advogados. Vamos abordar o que é esse termo tão utilizado na Advocacia 4.0 e como desenvolver as principais!
Continue a leitura que vai ser sucesso! 😉
O que são soft skills?
Até pouco tempo atrás, havia o senso comum de que o profissional que iria se destacar e obter resultados, como promoções e ofertas, seria aquele que detivesse o maior grau de conhecimento técnico possível.
Assim, as chamadas hard skills entraram em foco, sendo notadas na busca por especializações, cursos de extensão e idiomas. Mas, e se eu te dissesse que atualmente isso já não é mais o suficiente?
A partir daí, as soft skills começaram a obter destaque nos diversos campos de atuação. Sensíveis e difíceis de serem encontradas, elas são categorizadas como habilidades sociocomportamentais que regulam a capacidade do profissional de entender o outro e se adaptar às diferentes situações.
Para auxiliar o seu entendimento, separei em lista 5 exemplos de soft skills em alta:
- Inteligência Emocional
- Empatia
- Boa comunicação
- Proatividade
- Criatividade
Por que é importante desenvolver soft skills na advocacia?
Gostaria que você imaginasse um advogado de feitos acadêmicos extraordinários e currículo técnico extenso. Imaginou? Ok! Agora, pense que essa mesma pessoa não consegue lidar com o cliente, já que não possui:
- empatia pelas situações trazidas por ele;
- nem mesmo possui noções de inteligência emocional para lidar com os problemas que surgem no ambiente de trabalho.
Assim, resultando em conflitos constantes entre os membros da empresa ou escritório e clientes cada vez mais desconfiados. Reflita com sinceridade, você gostaria de contratar ou ter esse profissional na sua equipe?
É desse pequeno raciocínio que a importância das soft skills na advocacia se apresenta. Nesse meio, trabalhamos diariamente com situações que não são lineares ou exatas, o que exige que tenhamos capacidade de nos adequarmos às mais diversas situações e imprevistos. Isso mesmo que estejamos sob pressão.
Principais soft skills para advogados
Porém, não é só de adaptabilidade, empatia e inteligência emocional que se vive! No meio jurídico, damos destaque para outras soft skills indispensáveis para a rotina, são algumas delas:
- Resiliência: afinal, o que será de nós se desistirmos frente às dificuldades?
- Visão sistêmica: ser capaz de analisar o cenário que nos cerca e com isso tomar decisões assertivas;
- Habilidade na resolução de conflitos: julgo ser uma das mais importantes, por isso vou abrir um tópico abaixo para falarmos um pouquinho mais sobre ela.
Habilidade na resolução de conflitos
William L. Ury, especialista em negociação e cofundador do Harvard Program on Negotiation, aborda esse tópico em sua obra “Como chegar ao sim”.
Lá, ele traz a dinâmica de entendermos que na resolução de conflitos não podemos encarar as partes envolvidas como o problema e tratá-las com hostilidade. Portanto, é preciso mediar com humildade a situação e tratar o objeto da questão como o problema a ser solucionado.
Conclusão
Agora que você já sabe o que são softskills e qual a importância delas para a advocacia 4.0, é hora de colocar em prática. Mas, é importante ter em mente que a aquisição dessas habilidades vem com o tempo.
Porém, nada impede que você otimize esse processo por meio do autoconhecimento e de conversas com as pessoas que o cercam. Sendo esse último, o que costumamos chamar de “feedback”.
Por fim, quero trazer uma frase de Albert Einstein que considero esclarecedora para essa situação:
Learning is an experience, everything else is just information”.
Isto é, o aprendizado só é adquirido totalmente por meio da prática e do ganho de experiência. Sem isso, apenas temos o conhecimento sobre determinada coisa.
Gostou dessas dicas e quer se aprofundar ainda mais no assunto? Então confere só o vídeo abaixo sobre soft skills para profissionais da advocacia 😉
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